Sem caminhar à seis semanas por questões profissionais e pessoais, qualquer esperança de não chover dada pelo Accuweather viraria promessa a acreditar cegamente. E assim foi.
Resolvemos fazer o percurso da Civilidade de Bagunte, por parecer fácil e por ser relativamente perto de casa.
Na preparação da saída junto à Ponte de D. Zameiro, efectivamente não choveu. Deu para admirar um ponto muito usado desde a Idade Média para atravessar o Rio Ave, rota dos peregrinos de Santiago que ainda hoje preserva um encantamento fora do vulgar.
O Rio Ave acrescenta encanto nos seus meandros e formas, escondendo bem o lixo e poluição que o fazem transportar.
Mas havia que continuar depressa que o céu estava cada vez mais escuro.
E não foi preciso esperar muito para que a ameaça cinzenta se tornasse em chuva compacta e persistente que transformou aquela caminhada por terrenos rurais numa prolongada aula de hidroginástica...
Por entre a chuva e os aguaceiros íamos espreitando a beleza daquela ruralidade bem tratada e conservada.
Vestígios de ocupação romana
Capela de Santa Ana
Varanda com vistas para Santo Tirso
Igreja de Bagunte
O Centro de Interpretação da Civilidade de Bagunte estava fechado e não tinha horário de abertura.
A subida para a Civilidade também não está assinalada e a chuva desaconselhou que a procurássemos.
Ponte de Arcos, o fim oficial do percurso. Voltamos depois ao ponto de partida, a Ponte de D. Zameiro pelo traçado do Caminho de Santiago.
No caminho de volta parou de chover.
Junto da Ponte de D. Zameiro encontramos quem gosta da água e sabe tirar partido dela.
Moinhos junto à ponte
Mapa do Percurso