Tourém recebeu foral de D.Sancho com a incumbência de promover a defesa daquela zona raiana. Na realidade o território em volta viveu até meio do século XIX sem estar bem definido se o mesmo pertencia a Portugal, se a Espanha e penso que, atendendo à distância que estão das respectivas capitais, esse era um assunto que pouco interessava às populações. Chamavam-lhe Couto Misto. O Tratado de Lisboa em 1864 finalmente definiu objectivamente as fronteiras naquela zona.
Vendo o mapa verificamos que o território de Tourém faz lembrar uma farpa cravada em Espanha. Quanto às populações, sempre viveram em conjunto da terra que partilham. Quando as fronteiras se instituíram e a troca de bens que sempre fizeram passou a ser ilegal, passaram a viver do Contrabando e prosperaram!...
O Trilho do Contrabando é um percurso circular que pretende reproduzir os caminhos usados para transportar o azeite e o bacalhau de um lado e na volta transportar o café e o tabaco...
O percurso inicia-se num dos extremos da aldeia e ao percorrer o seu interior,encontramos alguns edifícios senhoriais dos séculos XVII e XVIII, que atestam a sua importância estratégica nessa época.
Continuando encontramos uma ponte sobre a albufeira do rio Salas. Uma barragem espanhola daquele rio, cria uma albufeira que isola o território a norte de Tourém, formando um exclave português em território espanhol. A albufeira nesta altura estava praticamente sem água. Ficamos a pensar que o espelho de água, quando cheio, deverá produzir imagens muito bonitas.
Vendo o mapa verificamos que o território de Tourém faz lembrar uma farpa cravada em Espanha. Quanto às populações, sempre viveram em conjunto da terra que partilham. Quando as fronteiras se instituíram e a troca de bens que sempre fizeram passou a ser ilegal, passaram a viver do Contrabando e prosperaram!...
O Trilho do Contrabando é um percurso circular que pretende reproduzir os caminhos usados para transportar o azeite e o bacalhau de um lado e na volta transportar o café e o tabaco...
O percurso inicia-se num dos extremos da aldeia e ao percorrer o seu interior,encontramos alguns edifícios senhoriais dos séculos XVII e XVIII, que atestam a sua importância estratégica nessa época.
Continuando encontramos uma ponte sobre a albufeira do rio Salas. Uma barragem espanhola daquele rio, cria uma albufeira que isola o território a norte de Tourém, formando um exclave português em território espanhol. A albufeira nesta altura estava praticamente sem água. Ficamos a pensar que o espelho de água, quando cheio, deverá produzir imagens muito bonitas.
O trilho vira à direita após a ponte e um pouco mais à frente encontra um carvalhal centenário que dá gosto ver a quem se começa a habituar que em Portugal só existe pinheiro e eucalipto.
Subindo, já em cima da fronteira, fica a capela medieval de S. Lourenço de traço muito bonito e com paisagens alargadas e bonitas.
Descendo, reencontramos a albufeira, agora no seu início. Encontramos também a fronteira P/E e o marco 100 da mesma. Alguma emoção ao estar no borderline dos dois países e ver a mesma paisagem dos dois lados. Lá em baixo no rio, o caminho das pedras, instrumento precioso para o contrabando e imagem para a nossa vida. Quanto não temos que procurar e adivinhar o caminho das pedras, para chegarmos onde necessitamos, ultrapassando os obstáculos que a vida nos coloca!!!
Passada a fronteira, o destino foi Randin, a aldeia homóloga de Tourém no contrabando. Traços comuns no forno comunitário e na Igreja Matriz, mas com muito mais marcas de desenvolvimento expressas nas casas e nas atitudes: pasmamos ao ver um pastor no trabalho, vestido com o equivalente à roupa de Domingo de um qualquer habitante de Tourém e a fumar um "puro". O Couto já não é Misto e os (des)nível de vida faz-se notar.
Deixamos Randin e voltamos às planícies e lameiros que ligam a Tourém e aos encantos da Natureza. Desta vez foi a beleza dos cogumelos que nos admirou. Não sei se são comestíveis, mas são tão bonitos que valem por isso.
Depois o marco 103 da fronteira com Espanha e a continuação dos campos tratados e dos lameiros.
Chegados a Tourém fomos visitar a bonita Casa dos Braganças, explorada para Turismo Rural e excelente base para a exploração da zona. Casa bem tratada, muita simpatia pessoal a receber e a mostrar.
Continuando pela aldeia, visitamos ainda o pólo local do Eco Museu do Barroso. Tradições, utensílios e roupas tradicionais para memória futura e uma muito boa mostra fotográfica, como exposição temporária.
Mapa do Percurso
Ver Tourem PR 5 Rota do Contrabando num mapa maior
Perfil do Percurso
Marcações
Pontos de Interesse
O percurso está marcado, contudo alguns marcos estão arrancados.
Actividade: Percurso pedestre circular entre Tourém e Randin.
Local de Início: O início do percurso faz-se junto a um largo num dos extremos de Tourém,
GPS: N41.90360 W7.89616 Altitude:870 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 14,3 Km
Tempo de realização: 05 H 23 m
Condições Específicas: Percurso fácil.
Acumulado de subidas: 350m
Acumulado de descidas: 280m
Acumulado de subidas: 350m
Acumulado de descidas: 280m
Pontos de Interesse
Aldeia de Tourém, Forno Comunitário, Carvalhal centenário, Capela de S. Lourenço, Randim, Casa dos Braganças, Eco Museu.
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