domingo, 25 de julho de 2010

Trilho da Chã Grande e Senhora do Minho


Voltamos à Serra de Arga para fazer o Trilho da Chã Grande e depois rever a exposição da Arte na Leira. 
Iniciamos o trilho junto à Casa do Marco e lá fomos subindo até ao Alto do Campo Redondo por algumas SCUT´s medievais em lajeado. Esta subida permite ver algumas bonitas panorâmicas das imediações da Serra de Arga. Depois, um pouco de corta-mato até ao Parque Eólico, o ponto mais alto do trajecto. Tínhamos resolvido estender o percurso até à Capela da Senhora do Minho e lá fomos.



Na Chã Grande  vimos muito pouco gado, afugentado provavelmente pelo calor intenso e a falta de brisa que o disfarça.  Fomos directos ao Parque de Merendas da Senhora do Minho para o merecido almoço debaixo de frondosas árvores e com direito a uma fonte para lavar as mãos. Almoçamos com direito a um extra : uns  rissóis e pastéis de Chaves da Padaria Ribeiro, gentileza de genro que madrugou para os comprar fresquinhos.


Onde descobríamos uma sombra lá encontrávamos garranos. Eles são cavalos livres e selvagens, não são "burros" para apanharem tanto sol como o que estávamos a suportar!


Depois iniciamos o caminho de volta, tentando quase que a corta-mato, reencontrar o percurso da Chã Grande na Porta do Lobo. A partir daqui, inicia-se verdadeiramente a descida. Um pouco depois encontramos os Moinhos do Covão.


Um pouco mais abaixo, passamos pela aldeia de Arga de Cima, onde se podem ver muitas casas recuperadas ( uma delas penso que é da ex-Ministra da Cultura ), o que não se estranha conhecendo o encanto do local e da zona. Bonita a Igeja e a Capelinha que penso ser dedicada a S. Paulo. O parque de merendas do local, presenciou o nosso lanche.


Passada a aldeia, surgem os Moinhos da Gândara, interessante obra de engenharia primitiva, realizada em granito da região e com uma interessante forma de unir e segurar as pedras que conduzem a água para o seu moinho.


Muita caloria derretemos nos 16 Km da caminhada, debaixo de sol intenso e sem cobertura nenhuma.  Agora era hora da Cultura: revisitamos a Arte na Leira, agora sem o bulício da abertura  que presenciamos na passada semana. Exposição de Arte em local idílico só podia agradar muito!



Pintura, cerâmica, fotografia, trabalhos em madeira com o engenho dos homens e a ajuda da Natureza a enquadrar.


A área dos mais consagrados




E o espaço, este ano dedicado ao Design dos alunos dos Institutos Politécnicos do Norte do País. Grande oportunidade de mostrar talento e muito bem aproveitada.


Caminhada de 16 Km debaixo de sol intenso, banho de Cultura na Exposição e depois isto:  Dois potes tradicionais da zona a cozinharem um guisado de anho e cabrito, feito à moda de África por Xpert com anos de experiência!!! Primeiro gostamos da imagem inesperada, depois começou a cheirar tão bem que não conseguimos recusar o convite para ficar e provar...Bem provar só não, que estava tão bom que comemos muito mais do que devíamos, mas estava Divinal, digno que um qualquer Frade ou Abade que tenha na comida o único prazer admitido e que cuide desse prazer com a alegria e simpatia do Sr. Marinho. Não posso deixar de citar o seu nome que o merece muito!


Ah e não é só a comida de que se gosta, é também a MAGIA do local e a simpatia dos anfitriões!

Para todos aqueles que sentiram água na boca, tenho a dizer que a INVEJA é um pecado muito feio!



Mapa do Percurso





Perfil do Percurso


Marcações

As marcações estão muito apagadas, sendo difícil seguir o percurso sem GPS.



Actividade:  Percurso pedestre que teve por base o Trilho da Chã Grande e que estendemos até à Senhora do Minho.
Local de Início: Iniciamos o percurso junto à Casa do Marco
          GPS:   N41.84173 W8.70868 Altitude:509 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 16 Km
Tempo de realização: 06 H 50 m
Condições Específicas: Percurso com uma ascendente inicial de algum declive, sem grandes marcações e sem cobertura, o que o torna mais difícil de realizar em dias quentes de sol intenso.

Pontos de Interesse

Panorâmicas da Serra de Arga, do Monte de Santa Tecla, Ponte de Lima e Serra Amarela. A Nossa Senhora vestida à Vianense na Senhora do Minho. Grande trabalho de engenharia nos Moinhos da Gândara.




quarta-feira, 21 de julho de 2010

Valença


As cidades fronteiriças prepararam-se para a sua situação e para a circunstância de terem vizinhos que de vez em quando se armavam em inimigos construindo grandes muralhas para desaconselharem os apetites.
Valença é uma delas e esmerou-se na forma como a engenharia militar projectou as suas muralhas para dissuadir os vizinhos de investidas.
Os tempos hoje são outros e os vizinhos, outrora inimigos, são o público alvo do seu desempenho comercial e económico. As muralhas preservadas servem hoje para alindar e atrair os compradores. E depois do saco cheio de compras, há sempre apetite para o "bacalao" regado com "vino verde" . Sejam bem vindos!


Valença tem carisma e vale a pena visitar. Terra do 1º Santo português, S. Teotónio, tem dentro das muralhas e fora delas num perímetro muito curto, muitos pontos de interesse, culturais, paisagísticos e gastronómicos a não perder.

domingo, 18 de julho de 2010

Arte na Leira 2010

 Foi inaugurada ontem a 12ª edição da Arte na Leira. O local, o Mestre Mário Rocha e os seus convidados fazem o habitual sucesso deste evento, que este ano conta com a participação activa de vários Institutos Politécnicos do Norte do País. A acompanhar a abertura da exposição, música popular, palhaços para as crianças, uma "Queimada à Galega", performances com fogo e a fechar, fogo de artifício, ingredientes pouco habituais numa exposição de arte, mas que resultam num fim de tarde / noite bem passado. 
Terminada a festa de abertura, ficam as obras de arte que são o seu fundamento e o local maravilhoso em que ela decorre e que agradece voltar à calma do seu dia a dia para melhor nos encantar. Assim, quem não pode ou não quis ir à abertura, até meio de Agosto pode visitar e encantar-se com o local e a Arte lá exposta.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Palácio Nacional, Castelo dos Mouros, Pena


  Todos os dias Sintra fervilha de turistas e  as suas imagens são levadas para todas as partes do mundo. Imagens de beleza natural e patrimonial que espelham o romantismo que a cidade e a zona transpira e que sabe cuidar. Resolvemos revisitar. Começamos pela visita ao Palácio Nacional. Depois desfrutamos o caminho que subindo, liga a cidade ao Castelo dos Mouros e depois à Pena. Com algum declive mas muito agradável de fazer.


Visitamos depois o Castelo dos Mouros, percorrendo as suas muralhas e desfrutando da fantástica vista que de lá se obtém.


Depois seguimos para o Palácio da Pena, obra de amor de que se gosta vendo o recorte ao longe e que encanta quando, ao perto, se descobrem os seus pormenores.


Ainda tivemos coragem de descer a pé de novo até à zona do Palácio Nacional, local onde tínhamos o carro.


Castelo dos Mouros, Pena e Regresso à Vila at EveryTrail

quinta-feira, 15 de julho de 2010

CCB - OSGEMEOS e Tudo o que é Sólido dissolve-se no ar

De fim de semana em Lisboa não podemos deixar de visitar no CCB a curiosa mostra do trabalho dos gémeos Gustavo e Otávio Pandolfo. A tri-dimensionalidade do trabalho e o seu cromismo, envolvem, agradam e impressionam muito. "Para quem mora lá, o céu é lá" é o título da mostra que se entende logo que se vê.

Também patente a mostra, " Tudo que é sólido se dissolve no ar"


E outras peças da Colecção Berardo que vale sempre a pena rever.



Museu Nacional de Arte Antiga


Procuramos o Museu Nacional de Arte Antiga para ver a exposição " A Invenção da Glória D. Afonso V e  as tapeçarias de Pastrana". A história da tomada de Arzila e Tanger, expressas com enorme detalhe em seda e lã , em 4 tapetes de 4 por 10 metros. Desejo de Rei para glorificação dos seus feitos, poucos anos esteve em Portugal aparecendo já no Século XVI em Espanha e lá se mantendo até hoje. Vale a pena apreciar o detalhe de cada uma destas tapeçarias e se possível acompanhar a visita guiada que muito bem as explicam e enquadram. Até 12 de Setembro.


Guarde-se tempo para visitar o resto do Museu que de muitas outras obras destaco: os  Painéis de S. Vicente , contemporâneo das tapeçarias, o tríptico das Tentações de Santo Antão de H Bosch ( percursor - 400 anos antes - e influenciador do movimento surrealista) e a Custódia de Belém, de Gil Vicente - fantástica peça de joalharia de um mestre ourives que tão bem conhecemos como dramaturgo das famosas Barcas

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Expo 98 / Parque das Nações

Doze anos depois, mais ou menos na mesma data da visita que fizemos à Expo 98, voltamos para visitar o Parque das Nações.  Quase todos os símbolos da Expo estão integrados na vida das pessoas, que os usam e desfrutam no dia a dia. A Expo 98 foi um feito de que nos podemos orgulhar, de que nos lembramos com prazer e saudade. A Expo acabou há 12 anos. O Parque das Nações, seu subproduto viverá por umas gerações.


Como registo, fiquei com pena que o Jardim Garcia da Orta não estivesse um pouco mais cuidado, que as travessas de madeira não sejam revistas com mais frequência e de não saber que ocupação tem o Pavilhão de Portugal.

domingo, 4 de julho de 2010

Trilho Leonte Borrageiro Prados


O percurso Leonte, Borrageiro, Prados é fantástico e é essencial para se conhecer verdadeiramente o Gerês. Na Primavera tardia e Verão, quando a neve e o gelo desaparecem, as zonas mais planas dos 1.200, 1.300 m, transformam-se em relvados fantásticos que são usados para alojar e alimentar o gado. Este percurso sobe até ao Borrageiro(1430m) e depois passa por 4 ou 5 dos prados mais importantes da zona.
Já tínhamos tentado fazer este trilho em Março. Na altura deparamos com muita neve a partir dos 1.300 metros e a cerca de 200 metros das antenas do Borrageiro, quando já nos enterrávamos até ao joelho, resolvemos voltar para trás, à Portela de Leonte. O que vimos e sentimos na altura, fez-nos pensar em voltar e foi o que fizemos este sábado, acompanhados de uma dúzia de bons e divertidos amigos.

O percurso inicia-se por trás da casinhota de madeira da portagem da Portela de Leonte e por uma calçada lajeada vai rapidamente subindo e permitindo panorâmicas cada vez mais largas daquela área. Um grande número de árvores secas impõe-se no recorte, desafiando o olhar e a objectiva.


Aos 1.100 metros chegamos ao Prado de Mourô. Tapete verde, salpicado nesta altura com flores amarelas , tem uma grande mariola ao centro e um abrigo de pastores . Os 300 metros de desnível vencidos, o local e as vistas, aconselharam o grupo à primeira paragem de reabastecimento.



Estômago mais tranquilo e espírito encantado com o local, lá seguimos viagem, parando de novo no patamar frontal do Vale Teixeira, agora já nos 1.200 m. Ficou ali a promessa de voltarmos, para seguir o trilho  no Vale Teixeira em busca de umas poças de água que deixaram saudades a alguns dos elementos.


Á medida que subíamos, o horizonte alargava-se cada vez mais com panoramas que as fotografias não conseguem registar.

Já perto dos 1.300m o encontro com uma manada que ruidosamente reclamou da nossa presença intrusa.


Uma bezerra foi-se esconder com mimo atrás da mãe, sabendo que esta tinha grandes argumentos para a defender.


Depois foi a subida até às antenas do Borrageiro, que com os seus 1.430 m, é o 2º ponto mais alto de Gerês e que por isso oferece panorâmicas fantásticas. Almoçamos neste topo do mundo.


O trilho continua, passando pelos principais prados da zona: Chã da Fonte, Conho, Messe, Coveiros...


Para a posteridade a coragem de quem foi capaz de dar umas cascas de laranja na boca da vaca 1490.


Créditos para o sobrinho Miguel que fotografou o momento e que depois disparou a preto e branco assim...


Mais prados e uma poça que foi irresistível para dois companheiros.


O prado da Messe e as ruínas de uma construção que dizem foi feita para servir de casa de caça de um Rei, mas que nunca foi usada por ele.


Árvore em ruínas no Prado da Messe, mas muito mais bonita que a Casa do Rei...


Finalmente vimos alguns garranos.


No início da descida das Sombrosas, erosão de rocha com efeitos curiosos.


Não é da Ilha da Páscoa, mas até parece.


A descida das Sombrosas, nunca mais acaba e ensina que a descer, embora todos os santos ajudem, é também prudente e necessário fazê-lo com muito cuidado!...


Depois, pela conhecida Mata de Albergaria, foram 3 Km até à Portela de Leonte, a pensar que vivemos um dia intenso que fica gravado com imagens de locais fantásticos. 
Na Vila do Gerês, o lanche da praxe, com os mais gulosos a preferirem os gelados e os mais esfomeados a optarem pelas francesinhas. Enfim, todos os pecados são perdoados depois de 16 Km e 10 Horas de marcha...

Mapa do Percurso


Ver Leonte Borrageiro Prados num mapa maior



Perfil do Percurso



Marcações

O percurso não tem marcações oficiais embora existam muitas mariolas a indicar o trilho.


Actividade:  Percurso pedestre de Leonte às antenas do Borrageiro, seguindo depois pelos prados e descendo a Sombrosa até Albergaria.
Local de Início: Portela de Leonte
          GPS:   N41.76717 W8.14692 Altitude:863 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 16,4 Km
Tempo de realização: 10 H 12 m
Condições Específicas: Percurso com uma ascendente inicial de cerca de 600m em 4,5 Km e uma descida para Albergaria de grande declive.

Pontos de Interesse

Panorâmicas fantásticas, Prados de Mourô, Messe, Conho e Coveiros, Casa do Rei, "Estátuas" de Granito, descida da Sombrosas e Mata de Albergaria.


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