Num percurso pela zona de Foz Côa, em busca das amendoeiras floridas, fomos visitar a Quinta da Ervamoira, um projecto da Casa Ramos Pinto,
construído de raiz a partir de 1974.
Inovando na plantação na vertical, esta quinta de 200 hectares encanta à primeira vista. Situada numa zona de microclima mediterrânico seco, os baixos níveis de pluviosidade obrigaram à rega gota a gota. O resultado é conhecido do mercado na excelência dos vinhos produzidos.
Partindo de Muxagata para visitar o Museu no centro da Quinta, são 8 km de emoção em caminho que só um todo o terreno consegue vencer.
De repente a Quinta aparece-nos, com a casa Museu no centro decorada com um "coração" de amendoeiras, nesta altura floridas e lindíssimas.
A casa tradicional de xisto com alvenaria de granito, integra-se muito bem nos vinhedos em redor.
O colorido das amendoeiras floridas contrasta com o cinzento do dia e com a hibernação das vinhas.
No espólio do Museu encontramos reproduções de gravuras e vestígios romanos e visigóticos encontrados nos trabalhos de preparação da vinha. Um excelente almoço, servido no piso superior do Museu, ajudou a melhor apreciar o lugar e as peças expostas.
Sala de estar no piso superior
Núcleo museológico, documentando a ocupação da zona desde o Paleolítico até aos nossos dias
O Homem de Piscos, reprodução de gravura encontrada na zona.
Reprodução de gravura de um cavalo
No Museu podem também ver-se diversos exemplares dos cartazes que nas primeiras décadas do século XX, foram a imagem inovadora da marca
Cartaz "O Beijo"
"Os presentes dos Reis"
Fora, à volta da Casa Museu, as amendoeiras são rainhas nesta altura do ano.
Depois foi o regresso a Muxagata, aos saltos com os solavancos do jipe a estragarem a excelente refeição.
Ficou a sentida satisfação de um dia bem passado com excelente companhia.
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