sábado, 30 de outubro de 2010

Trilho de Pitões das Júnias


O Trilho de Pitões das Júnias é um pequeno trilho de 4,5 km que se inicia junto do cemitério e que pretende mostrar 3 dos principais motivos de interesse da zona: o Mosteiro de Santa Maria das Júnias, a Cascata e a Aldeia propriamente dita. Fomos conhecê-lo.
A descida para o Mosteiro faz-se por caminho organizado que na parte final mostra um lajeado muito antigo e algo irregular.


Lá em baixo, junto ao pequeno rio, em local de grande beleza e isolamento, encontramos o Mosteiro que foi fundado no século IX e desenvolvido no século XII pelo então Bispo do Porto, D. Pedro Pitões ( o apelido foi adoptado por ter nascido na zona). Para o local que é, surpreendeu-nos a dimensão, a imponência da fachada, a bonita rosácea na entrada , as arcadas do claustro e dimensão da cozinha. Os frades buscavam a santidade mas no seu percurso deviam ter os mesmos apelos da carne que os outros mortais...e naquele local a comida tinha de certeza um sabor celestial.
Pena foi o incêndio que o destruiu no século XIX e do qual nunca mais recuperou. O local merecia mais do que uma memória.


Depois, continuamos o percurso em direcção à Cascata com uma ligeira subida, seguida de uma descida de grande pendente em terreno muito  irregular.


A descida para a Cascata na sua parte final é feita em escadaria de madeira terminando num varandim de onde se pode admirar o milagre da água mole em pedra dura. Dezenas de metros de queda de água que nos últimos milénios se dedicou a furar a imensa massa de granito que lhe serve de leito. Disseram-nos que se deve ver esta cascata nos momentos em que o Sol incide no rasgo aberto na pedra, provocando as gotas de água arco-íris fantásticos.


Voltamos a Pitões seguindo a indicação para o  Eco Museu e que conduz directamente à aldeia. Recebidos pela prosa encantada de Miguel Torga sobre a zona e pelo azevinho de frutos vermelhos, apreciamos o tradicional e o que de moderno se tem instalado lá e que tão bem se integrou.


Depois deambulamos pela aldeia, visitando o forno comunitário e o pólo local do Eco Museu do Barroso.


No Pólo de Pitões do Eco Museu do Barroso, perpetuam-se as memórias das tradições  locais no uso da terra, do amanho, preparação e tecelagem do linho e da lã. Muito importante esta memória tanto mais que algumas das tradições ali representadas já não fazem parte do dia a dia dos habitantes.


Tínhamos estado há uns anos na aldeia e da memória global dessa visita fazia parte uma pão de centeio comprado numa padaria local e depois chorado por mais. Era tarde mas fomos à procura dele e...lá encontramos a padaria e de porta aberta às 19H30! Pão centeio quentinho àquela hora. Compramos vários e voltamos a chorar por mais. Se lá passarem provem!


Já era tarde mas o mais bonito ainda estava para vir.  O encantamento no fim de dia em Pitões das Júnias, com as emoções que um pôr-de-sol sempre nos despertam.





Montalegre - Centro Histórico


Ecomuseu do Barroso - Sede em Montalegre



Mapa do Percurso


Ver Trilho de Pitões das Júnias num mapa maior



Perfil do Percurso



Marcações



O percurso está marcado segundo a norma da FPCC.

Actividade:  Percurso pedestre circular em Pitões das Júnias.
Local de Início: O início do percurso faz-se junto ao cemitério de Pitões das Júnias.
GPS:   N41.83823 W7.94676 Altitude:1024 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 6,1 Km
Tempo de realização: 02 H 47 m
Condições Específicas: Percurso fácil.
Acumulado de subidas: 268 m
Acumulado de descidas: 264 m

Pontos de Interesse

Aldeia de Pitões das Júnias, Forno Comunitário, Mosteiro, Cascata,  Eco Museu.


sábado, 23 de outubro de 2010

Tourém - PR 6 Rota do Contrabando


Tourém recebeu foral de D.Sancho com a incumbência de promover a defesa daquela zona raiana. Na realidade o território em volta viveu até meio do século XIX sem estar bem definido se o mesmo pertencia a Portugal, se a Espanha e penso que, atendendo à distância que estão das respectivas capitais, esse era um assunto que pouco interessava às populações. Chamavam-lhe Couto Misto.  O Tratado de Lisboa em 1864 finalmente definiu objectivamente as fronteiras naquela zona.
Vendo o mapa verificamos que o território de Tourém faz lembrar uma farpa cravada em Espanha. Quanto às populações, sempre viveram em conjunto da terra que partilham. Quando as fronteiras se instituíram  e a troca de bens que sempre fizeram passou a ser ilegal, passaram a viver do Contrabando e prosperaram!...
O Trilho do Contrabando é um percurso circular  que pretende reproduzir os caminhos usados para transportar o azeite e o bacalhau de um lado e na volta transportar o café e o tabaco...
O percurso inicia-se num dos extremos da aldeia e ao percorrer o seu interior,encontramos alguns edifícios senhoriais dos séculos XVII e XVIII, que atestam a sua importância estratégica nessa época.
Continuando encontramos uma ponte sobre a albufeira do rio Salas. Uma barragem espanhola daquele rio, cria uma albufeira que isola o território a norte de Tourém, formando um exclave português em território espanhol. A albufeira nesta altura estava praticamente sem água. Ficamos a pensar que o espelho de água, quando cheio, deverá produzir imagens muito bonitas.
O trilho vira à direita após a ponte e um pouco mais à frente encontra um carvalhal centenário que dá gosto ver a quem se começa a habituar que em Portugal só existe pinheiro e eucalipto.


Subindo, já em cima da fronteira, fica a capela medieval de S. Lourenço de traço muito bonito e com paisagens alargadas e bonitas.


Descendo, reencontramos a albufeira, agora no seu início. Encontramos também a fronteira P/E e o marco 100 da mesma. Alguma emoção ao estar no borderline dos dois países e ver a mesma paisagem dos dois lados. Lá em baixo no rio, o caminho das pedras, instrumento precioso para o contrabando e imagem para a nossa vida. Quanto não temos que procurar e adivinhar o caminho das pedras, para chegarmos onde necessitamos, ultrapassando os obstáculos que a vida nos coloca!!!


Passada a fronteira, o destino foi Randin, a aldeia homóloga de Tourém no contrabando. Traços comuns no forno comunitário e na Igreja Matriz, mas com muito mais marcas de desenvolvimento expressas nas casas e nas atitudes: pasmamos ao ver um pastor no trabalho, vestido com o equivalente à roupa de Domingo de um qualquer habitante de Tourém e a fumar um "puro". O Couto já não é Misto e os (des)nível de vida faz-se notar.


Deixamos Randin e voltamos às planícies e lameiros que ligam a Tourém e aos encantos da Natureza. Desta vez foi a beleza dos cogumelos que nos admirou. Não sei se são comestíveis, mas são tão bonitos que valem por isso.


Depois o marco 103 da fronteira com Espanha e a continuação dos campos tratados e dos lameiros.


Chegados a Tourém fomos visitar a bonita Casa dos Braganças, explorada para Turismo Rural e excelente base para a exploração da zona. Casa bem tratada, muita simpatia pessoal a receber e a mostrar.


Continuando pela aldeia, visitamos ainda o pólo local do Eco Museu do Barroso. Tradições, utensílios e roupas tradicionais para memória futura e uma muito boa mostra fotográfica, como exposição temporária.



Mapa do Percurso

Ver Tourem PR 5 Rota do Contrabando num mapa maior




Perfil do Percurso
 





Marcações

O percurso está marcado, contudo alguns marcos estão arrancados.

Actividade:  Percurso pedestre circular entre Tourém e Randin.
Local de Início: O início do percurso faz-se junto a um  largo num dos extremos de Tourém,
GPS:   N41.90360 W7.89616 Altitude:870 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 14,3 Km
Tempo de realização: 05 H 23 m
Condições Específicas: Percurso fácil.
Acumulado de subidas: 350m
Acumulado de descidas: 280m

Pontos de Interesse

Aldeia de Tourém, Forno Comunitário, Carvalhal centenário, Capela de S. Lourenço, Randim, Casa dos Braganças, Eco Museu.





sábado, 16 de outubro de 2010

PR 1 Manhouce



O facto de na freguesia de Manhouce confinarem territórios de S.Pedro do Sul, Arouca e Vale de Cambra, seria suficiente para algum desenvolvimento. Contudo o factor histórico que mais contribuiu para o seu desenvolvimento foi o facto de ser atravessada pela estrada romana que ligava Viseu ao Porto e que naquela freguesia se perfazia metade da viagem. Foi então desde muito cedo, local de passagem e de pernoita de viajantes e criou condições para bem receber quem por lá passava. Outras estradas se fizeram e outros caminhos são usados e Manhouce deixou de ficar na rota. Ficaram os cantares do Grupo de Cantares de Manhouce e a sua figura tutelar, Isabel Silvestre, que tão bem imortalizaram em co-autoria "A pronúncia do Norte".
Conhecendo estes factos e sabendo da existência de um trilho que saindo de Manhouce, passa pelas suas principais aldeias, já o tínhamos tentado realizar. Contudo, o dia escolhido, chuvoso e antecedido de outros dias com chuva, obrigou-nos a abortar o trilho, parados por um caminho que se tinha transformado num rio.
 Tínhamos resolvido voltar e foi agora.
O trilho inicia-se junto da escola primária e o percurso pelo meio da aldeia revela a curiosidade de muitas casas terem afixadas placas de xisto com o nome do dono ou a sua profissão.


Na saída da aldeia e no caminho do Lageal, o percurso passa por uma zona queimada no recente Verão, desfeada por uns anos.









Mapa do Percurso

Ver PR 1 Manhouce num mapa maior



Perfil do Percurso

Marcações

O percurso está irregularmente marcado havendo zonas afectadas pelo incêndio e outras que necessitam de manutenção.

Actividade:  Percurso pedestre circular na Serra da Gralheira, partindo de Manhouce
Local de Início: O início do percurso faz-se junto ao largo da Escola Primária.
GPS:   N40.82481 W8.21402 Altitude:710 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 14,8 Km
Tempo de realização: 05 H 51 m
Condições Específicas: Percurso fácil, embora só se deva fazer nas estações secas. 

Pontos de Interesse

Aldeia de Manhouce, lugares de Lageal e Malfeitoso, Salgueiro, Bondança e Gestosinho. reserva de azevinho junto a Bondança. Quedas de água no Rio.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Trilho dos Incas e das Bétulas


Paisagens fantásticas. Trilho a não perder.







O mais bonito trilho que fizemos na Serra da Freita!

Paisagens de encantar os olhos, caminho em lajeado de xisto a meia enconta que só deve ser feito em tempo seco. Depois as bétulas junto ao Parque de Campismo da Fraguinha e uma descida lindissima para Candal. De seguida uma subida com alguma pendente até à Póvoa das Leiras, local de início e términus do percurso.

Interessante o contraste entre a Serra da Gralheira e da Arada com o xisto de um lado e o granito do outro.

Mapa do Percurso

Ver Trilho dos Incas Bétulas num mapa maior



Perfil do Percurso



Marcações

A parte inicial que corresponde ao Trilho dos Incas não está marcado. O percurso das Bétulas está bem marcado segundo as Normas da FPCC . A ligação entre os dois percursos tem troços em corta-mato.

Actividade:  Percurso pedestre circular na Serra da Freita.
Local de Início: Iniciamos o percurso junto a um café na Póvoa das Leiras. Um pouco acima tem um largo com um cruzeiro para estacionamento.
GPS:   N40.84873 W8.16475 Altitude:760 m
Local de Chegada: idem. ( percurso circular )
Distância Total: 15,5 Km
Tempo de realização: 07 H 51 m
Condições Específicas: Percurso com um trajecto inicial sobre ladeira em xisto  que será perigoso se molhado. Uma ascendente para a 1ª eólica de respeito e uma descida para Candal acentuada.

Pontos de Interesse

Paisagens fantásticas com vistas para Covelo de Paivô, as Minas de Regoufe, o caminho para Drave , Coelheira, a floresta de bétulas junto ao parque de Campismo da Fraguinha e paisagens fantásticas na descida para Candal.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Câmara Municipal do Porto



O edifício actual da Câmara Municipal do Porto foi projectado pelo Arquitecto Correia da Silva. tendo iniciado a  construção em 1920 e ficado concluído em 1957.
Conhecíamos a sua forma robusta e altaneira, dominando com o seu porte a Avenida dos Aliados e assistindo do alto às celebrações dos tripeiros.
Tínhamos mesmo espreitado no Google a sua forma trapezóidal, com as suas reentrâncias de forma a proporcionar luz natural na maior parte dos seus gabinetes.


Junto da Câmara, a estátua de Almeida Garret habituou-se às brincadeiras de estudantes e às poses das gaivotas, mantendo o seu ar garboso em representação de todos os grandes da Cidade.


Na sua fachada  exterior podemos ver uma série de esculturas, da autoria de Sousa Caldas e Henrique  Moreira, representando as áreas de actividade tradicionais da cidade, como a indústria, a agricultura, a pesca, a música, a ciência e o teatro e também os escudos de Portugal e da Cidade,  este com duas torres e a Nossa Senhora da Vandoma , a padroeira da Cidade, ao meio.


No primeiro e segundo Domingo de cada mês a Câmara organiza visitas guiadas pelo seu interior . Fomos conhecê-la por dentro.

Logo na entrada está patente uma exposição dos objectos que foram usados na recente visita do Papa à Cidade.


No caminho para a escada que nos conduz ao piso mais nobre encontramos os tectos muito bem decorados com pinturas.


 Na escadaria, 4 frescos com figuras da cidade dão um ar colorido ao local.



Os Passos Perdidos e as salas contíguas estão decorados com peças muito bonitas.


 Da varanda a esta cota pode avaliar-se a dimensão da Avenida dos Aliados.


 Numa sala de reuniões estão expostas as principais ofertas que os Presidentes receberam.


A sala de trabalho do Sr. Presidente decorada com as plantas da cidade e trabalhos de Jaime Isidoro.


Na sala das sessões, 3 enormes tapeçarias de Guilherme Camarinha representando as festas de S. João, as actividades da cidade e a maior, com os momentos mais importantes da cidade e os seus actores.


Pormenores da tapeçaria maior com a conquista da cidade aos mouros, entrega do Foral por D. Tareja e figuras importantes da cidade.


Nas traseiras, a igreja da Trindade, sobrevive ofuscada pelo edifício da Câmara.


Subimos ainda à Torre da Câmara, para contemplar a paisagem alargada que dali se desfruta.

 A visita é muito interessante aconselhando a sua realização.
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