domingo, 19 de junho de 2011

PR 2 Vouzela - Reserva de Loendros de Cambarinho

O Loendro ou Rodoendro é uma planta do Terciário, que resistiu em poucos locais do mundo até aos nossos dias.
A maior área da Península Ibérica fica em Vouzela, na Reserva Botânica de Cambarinho. Cresce espontâneamente acompanhando a bacia hidrográfica do ribeiro de Cambarinho e aquando da sua floração entre meados de Maio e meados de Junho, a mistura do verde do arbusto com o roxo da flor é muito bonita.
A Câmara de Vouzela marcou um percurso que designou por PR 2 - Um olhar sobre o mundo rural que se inicia na Reserva de Loendros e que depois sobe, primeiro até Farves e depois até ao Dólmen de Meruje situado junto de uma mini-hídrica, que dão uma imagem muito bonita da ruralidade das encostas Norte da Serra do Caramulo.
No ano passado, fizemos este percurso em meados de Maio e achámos que era muito bonito, embora por ser cedo, poucas árvores estavam já floridas e o dia em que fomos estragou-se de repente, começando a chover e trovejar, apanhando-nos a meio do percurso, e obrigou-nos a uma marcha até ao resguardo do carro.
Este ano resolvemos ir só em Junho para apanharmos a floração em cheio e como estamos a recuperar de um incidente nos os pés, os 4,5 Km do percurso na Reserva, ajustavam-se ao que pretendíamos.
A Reserva está muito bem marcada e documentada, fornecendo em cartazes muita informação sobre os Loendros e a fauna e flora da zona.


Na parte do percurso que passa pela aldeia, deparámo-nos com tudo: as flores que nos alegram a vista, os frutos da época a derrearem as árvores, os espigueiros (de pedra e madeira, como são construídos na zona)  fiéis depositários dos cereais que hão-de virar pão, as alminhas que nos encaminham  e...a alta tecnologia das placas de células fotovoltáicas de produção de energia eléctrica renovável, no modelo mais elaborado com motor que as faz rodar para acompanhar a posição do Sol e assim obterem o maior rendimento...versão moderna a lembrar  A Cidade e as Serras.


4,5 Km em terreno fácil, mesmo para quem está em recuperação de um pé partido, é muito pouco... era cedo e resolvemos fazer uma variante do PR 2 até ao Castro do Couto. O caminho inicial é comum ao trajecto principal, subindo por uma calçada empedrada, rodeada de campos cultivados.


Num dos campos estavam dois espantalhos muito bem aprumados, o mais perto de vestido e galochas e ostentando um cachecol da Selecção Nacional!!! Espanta-me pensar no que pode espantar o Cachecol  Nacional? Soube depois que os espantalhos ali colocados são para afugentar os porco-espinhos que por ali têm andado a dar cabo de todas as culturas.


O caminho até ao Castro revelou-se impossível de realizar porque o mato estava muito fechado e resolvemos voltar e seguir para Farves. Mais campos cultivados e as estruturas tipo cabana que os agricultores fazem para guardar o feno, foram os novos motivos de interesse.


Em Farves, uma fonte com água muito fresca e a conversa simpática de uma habitante já avozinha, foram os pontos de interesse. A continuação do percurso até ao Dólmen da Lapa de Meruje era a continuar a subir, a subir e não tivemos coragem para mais. Resolvemos voltar para o carro e de carro irmos conhecer o noso destino.
Iniciamos o caminho de volta por um caminho alternativo, sugestão da nossa recente amiga que resultou muito bem, mais rápido e melhor piso.


Chegados ao carro e após um breve lanche, lá fomos conhecer a albufeira de Meruje e o referido Dólmen.
 Estrada sempre a subir, com os últimos 2 Km em estrada muito estreita mas lá encontramos a albufeira e o seu parque de lazer. Valeu a pena: muito bonito o local e muito bem arranjado. O Dólmen da Idade do Bronze também estava bem documentado e era interessante de se ver.

Panorâmica da albufeira.


Na descida de regresso mais uma espectacular paisagem: a uns bons 30 Km, lá em baixo com o Sol a pôr-se, a Ria de Aveiro. Fantástico!



Mapa do Percurso


Perfil do Percurso






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